terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A história dos E.P.I.S


Quando falamos em EPI, entendemos do que se trata, já vem em nossas mentes os que mais conhecemos e, quase sempre, não fazemos ideia de como ou quando surgiram esses acessórios mais que necessários. Bem, evolução dos EPIs começou desde que o homem teve que se proteger pela primeira vez, lá no tempo das cavernas! Sim, para chegar aos EPIs como conhecemos hoje, muitas Eras se passaram. Foi nesse momento em que esse conceito se originou, quando os primatas vestiram peles de animais para se proteger. O que nos mostra como a necessidade de proteção é inerente ao ser humano.
Ao longo dos séculos a necessidade humana foi ganhando outros contornos e as vestimentas de proteção foram se aprimorando como, por exemplo, as armaduras e elmos, utilizadas por cavaleiros na Idade Média.
A evolução dos EPIs decolou na Revolução Industrial, com o surgimento de metalúrgicas, mineradoras e fundições. A Indústria foi em busca de matéria-prima em larga escala a um custo menor em países africanos e asiáticos, desembocando em conflitos com os Balcãs, estopim da Primeira Guerra Mundial.
Quase conectadas, a revolução industrial e a Primeira Grande Guerra apresentam-se como eventos transformadores para a evolução dos EPIs, evidenciando riscos, valores e gerando uma maior conscientização quanto à necessidade de proteção.
No balanço entre guerra e indústria, descobriu-se que grande parte da incapacitação humana acontecia no trabalho – há estudos que consideram ainda mais perdas com a indústria que com as guerras – o que levou à elaboração de medidas preventivas.
Getúlio Vargas trouxe o crescimento da Indústria de Base e, com ele, os riscos ocupacionais. Isso motivou a criação do Ministério do Trabalho, em 26 de novembro de 1930.
A evolução dos EPIs em solo brasileiro foi bem lenta, com departamentos e associações surgindo ao longo do tempo:
  • 1943 – APÓS 13 ANOS DE DISCUSSÃO, NASCEU A CLT, COM O INTUITO DE UNIFICAR A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BRASILEIRA;
  • 1966 – CRIOU-SE A FUNDACENTRO, COM O OBJETIVO DE ESTUDAR E AVALIAR OS PRINCIPAIS PROBLEMAS TRABALHISTAS, ASSIM COMO APONTAR POSSÍVEIS SOLUÇÕES;
  • 1978 – FORAM APROVADAS AS NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO, AS FAMOSAS NRs.

    Vestimentas

    A fibra antichamas foi usada pela primeira vez em 1965em macacões de voo para a Marinha americana. Hoje, a fibra é parte integrante em trajes de voo militares e policias.

    Calçados

    Até meados da década de 1960, usava-se em áreas quentes um calçado denominado Chanca para proteção dos pés, trabalhado em madeira articulada e solado de pneu ou couro. Desconfortáveis e pesados, responsáveis por diversas dores e lesões, as Chancas só foram substituídas por botas de borracha muitos anos depois.

    Óculos de Proteção

    Até meados da década de 1980, os óculos de proteção brasileiros não tinham qualquer preocupação com conforto e design. A armação era trabalhada em metal ou acetato e as lentes, em vidro temperado.
    Na década de 1990, a abertura da economia balançou o mercado brasileiro de produção de óculos de segurança, obrigando a indústria a se diferenciar contra o preço atrativo e as inovações dos importados. Muitas fábricas foram salvas por investir em estudos de características faciais brasileiras para criar armações próprias para nossos trabalhadores.

    EPIs contra quedas

    Somente de 20 anos para cá houve uma evolução expressiva dos EPIs contra quedas. Antes, eram utilizados cinturões abdominais com talabarte. Embora já existissem, pouco se falava em cinto paraquedista, absorvedores de impacto e trava-quedas retrátil.

    Capacetes

    Os elmos medievais, feitos em couro, ferro e malha, são considerados a origem dos capacetes e constituíram uma das maiores fontes de estudo de prevenção de acidentes relacionados a impacto, choques elétricos e fontes de calor.

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