domingo, 3 de junho de 2018
MONOBLOCO O 371
Quando
em 1958 a Mercedes-Benz iniciou a produção dos Monoblocos no Brasil, surgia uma
nova forma de produzir ônibus, pois até então, muitos dos veículos que
realizavam o transporte coletivo ainda eram caminhões adaptados conhecidos como
jardineiras. Considerado o primeiro ônibus de verdade fabricado no Brasil, o
Monobloco era um veículo onde o chassi, motor e carroceria integravam uma única
peça.
Com
os Monoblocos, a Mercedes-Benz consolidou o conceito de ônibus motor traseiro
no Brasil, que durante quase 40 anos, do O321 ao O400, produziu diversos
modelos em diferentes configurações que incluíam versões do tipo urbano e
rodoviário. Dentre eles, destacamos o Monobloco rodoviário O371, que derivado
da família O370 permaneceu em linha de produção entre 1987 e 1993.
O O-371 teve
4 versões rodoviárias: R, RS, RSD e RSL e 3 urbanas: U, UL e UP. Uma
parte desses ônibus, a Mercedes o construía por completo (plataforma +
carroceria), sendo que a outra apenas a plataforma, deixando este para ser
encarroçado por empresas terceiras (como Marcopolo,comil e Busscar). O chassi
Mercedes-Benz O-371 era uma substituição para o Mercedes-Benz O-303 e foi
amplamente usado na América do Sul.
O371 R
O
modelo de entrada da linha de ônibus monoblocos Mercedes no final dos anos 80,
a chamada “década perdida”, era o O-371 R destinado em especial ao mercado de
fretamento e para operadores de rotas intermunicipais curtas e médias.
Com
comprimento total de 11,29m, dotado de seis marchas e com velocidade máxima
aproximada de 110Km/h( Segundo ficha técnica ), seu motor era emprestado do
caminhão pesado LS-1524 que depois foi rebatizado como 1525, uma unidade de 9,7
litros e 5 cilindros, capaz de empregar quase 240 cavalos na embreagem, podia
ainda vir com ou sem toalete (onde eu pessoalmente nunca vi um modelo sequer do
O371R equipado com toalete) e o mesmo podia ter a lotação máxima de 36 a 40
passageiros com toalete e de 40 a 44 sem toalete.
O371 RS
Com
12,0 m de comprimento, 240 e 285 cv de potência, projetado para médias e longas
distâncias, vidros laminados tipo Ray- ban,possui suspensão a ar, 6 marchas,
podendo ter ou não toalete a bordo e capacidade máxima de 48 passageiros.
O371 RSD
O
elegante modelo RSD era um carro de
13,20 metros, 3 Eixos, configurações entre 48 e 56 Assentos, empurrados pelo
Motor OM-355/6 LA Turbocooler de 326 cv. Para maior segurança em quaisquer
situações de trânsito, o Monobloco rodoviário O-371 RSD da Mercedes-Benz é
dotado de itens como pisca-pisca adicional nas laterais, fechadura em cinco
componentes do ônibus, pára-brisa laminado climatizado, faróis de neblina e
espelhos retrovisores com seção convexa.
O371 RSL
Em
1993 a Mercedes-Benz apresenta mais um membro da família O371 o modelo O371
RSL, com dois eixos e tendo 13,20m. era apelidado de linguição, torpedo e até
mesmo esticadão, podia ser equipado com ou sem w.c. tendo a mesma capacidade de
passageiros que o modelo mais sofisticado e luxuoso até então o RSD, motorização
semelhante ao modelo RSD.
Tudo
isso fez dos Monoblocos O-371 RSD da Mercedes-Benz um ônibus eficiente, seguro,
confortável e durável.
Fonte:
onibusalagoas.blogspot.com.br
https://pt.wikipedia.orgA HISTÓRIA DOS MONOBLOCOS NO BRASIL.
Hoje
trago um pouco sobre a história desses valentes e fantásticos ônibus que a
Mercedes-Benz do Brasil já produziu, de estrutura única e manutenção fácil.
Produzidos
de 1958 à 1996, os ônibus monoblocos da Mercedes-Benz marcaram o
desenvolvimento do transporte no Brasil. A robustez da estrutura unificada (carroceria e chassi), mais leve e
aerodinâmica, o rodar macio do motor traseiro e o conforto superior aos dos
ônibus brasileiros de até então, fizeram dos modelos um sucesso de vendas,
sobretudo nas décadas de 1960 e 1970. Popularidade associada à ampla
assistência técnica da marca da estrela de três pontas, presente em todo o
território nacional. Um autêntico Fusca dos ônibus.
A
série marcou o que a Mercedes-Benz diz ser a fabricação do primeiro ônibus 100%
nacional – o O 321, lançado em 1958. Entretanto, anos antes (1946-1947) a
General Motors já montava
unidades integrais nos moldes de modelos vendidos nos Estados Unidos na fábrica de São Caetano do Sul (SP). Até as duas décadas que antecederam o governo de Juscelino Kubitschek, a produção brasileira de ônibus era basicamente artesanal. Pequenas encarroçadoras montavam coletivos na maioria das vezes de carroceria de madeira, em chassis de origem importada como Ford, GM. Somente na década de 1970 os chassis para ônibus, meio mais utilizado atualmente pela indústria, começaram a ganhar dimensão no mercado.
unidades integrais nos moldes de modelos vendidos nos Estados Unidos na fábrica de São Caetano do Sul (SP). Até as duas décadas que antecederam o governo de Juscelino Kubitschek, a produção brasileira de ônibus era basicamente artesanal. Pequenas encarroçadoras montavam coletivos na maioria das vezes de carroceria de madeira, em chassis de origem importada como Ford, GM. Somente na década de 1970 os chassis para ônibus, meio mais utilizado atualmente pela indústria, começaram a ganhar dimensão no mercado.
O
desenvolvimento dos monoblocos brasileiros levava em conta as características
de uso e necessidades locais. Os modelos que deixaram a linha de montagem da
fábrica de São Bernardo do Campo (SP) eram projetos locais, inexistentes na
matriz da Mercedes-Benz na Alemanha.
A
produção dos monoblocos no Brasil foi cessada em 1996, quando a Mercedes-Benz
se concentrou no fornecimento de chassis. A consolidação dos chassis no mercado
tornou os monoblocos pouco competitivos. No fim, representavam apenas 10% da
produção total de ônibus da marca alemã.
CRONOLOGIA
DOS MONOBLOCOS NO BRASIL
1950
O 321 – Primeiro monobloco produzido no Brasil, com opções para transito local e longas distâncias. Também chamado de “bicudinho”, foi produzido até 1970
1960
O 326 – Mais potente, chegou em 1966, deixando mais eficiente a demanda de transporte das companhias. Foi apresentado no 5º Salão do Automóvel
OM 352 – Em 1969, avanço tecnológico no motor: direta injeção de combustível
1970
O 362 A – A linha de ônibus rodoviários trouxe o primeiro motor turbo entre os ônibus nacionais
OM 355/5 – Junto dos motores de quatro e seis cilindros, em 1973 a Mercedes-Benz introduziu o motor de cinco cilindros
O 364 – Ônibus monobloco urbano em duas versões: 101 (PB de 13.200 kg) e 111 (PB de 13.500 kg)
1980
O 370 – A família apresentava a mesma tecnologia das versões utilizadas na Europa com arrefecedor de ar adicionado ao motor turbo, em duas configurações: O 370RS com dois eixos e doze metros, e o RSD de três eixos e 13,20m
O 370 UP – Configuração urbana do O 370, introduzida em 1986
O 371 – Atualização do O 370, disponível em configurações diesel, diesel/gás, trólebus, rodoviário/diesel, alongado/diesel, dentre outras
1990
ABS e ASR – Sistema começa a ser oferecido em ônibus e caminhões em 1990
O 400 – Nova família de chassis e plataformas para transporte urbano, rodoviário e ônibus articulados nasce em 1994, nas versões O 400 UP, O 400 UPA, e O 400 RS
Em 1996 a Mercedes-Benz anuncia a desativação da montagem do ônibus monobloco, com comercialização até o final do ano.
1950
O 321 – Primeiro monobloco produzido no Brasil, com opções para transito local e longas distâncias. Também chamado de “bicudinho”, foi produzido até 1970
1960
O 326 – Mais potente, chegou em 1966, deixando mais eficiente a demanda de transporte das companhias. Foi apresentado no 5º Salão do Automóvel
OM 352 – Em 1969, avanço tecnológico no motor: direta injeção de combustível
1970
O 362 A – A linha de ônibus rodoviários trouxe o primeiro motor turbo entre os ônibus nacionais
OM 355/5 – Junto dos motores de quatro e seis cilindros, em 1973 a Mercedes-Benz introduziu o motor de cinco cilindros
O 364 – Ônibus monobloco urbano em duas versões: 101 (PB de 13.200 kg) e 111 (PB de 13.500 kg)
1980
O 370 – A família apresentava a mesma tecnologia das versões utilizadas na Europa com arrefecedor de ar adicionado ao motor turbo, em duas configurações: O 370RS com dois eixos e doze metros, e o RSD de três eixos e 13,20m
O 370 UP – Configuração urbana do O 370, introduzida em 1986
O 371 – Atualização do O 370, disponível em configurações diesel, diesel/gás, trólebus, rodoviário/diesel, alongado/diesel, dentre outras
1990
ABS e ASR – Sistema começa a ser oferecido em ônibus e caminhões em 1990
O 400 – Nova família de chassis e plataformas para transporte urbano, rodoviário e ônibus articulados nasce em 1994, nas versões O 400 UP, O 400 UPA, e O 400 RS
Em 1996 a Mercedes-Benz anuncia a desativação da montagem do ônibus monobloco, com comercialização até o final do ano.
Assinar:
Postagens (Atom)
A história do Chevrolet D60.
https://youtu.be/r-LEOA3ukfU?si=vOKOpglJUILQWhTy
-
Eis o substituto do L-1317, que veio no lugar do antigo L-1316, produto de estréia da Mercedes no segmento de 13 toneladas com mot...
-
Uma fórmula criada especialmente para a revitalização de plásticos e para-choques. Simples, barata e eficaz. Pode ser feita e aplicada ...